Os irmãos Lumière não foram os inventores do cinema. Na verdade o cinema tem a idade do homem, pois cada um de nós possuímos nosso cinema interno onde projetamos nossos filmes, que são os nossos sonhos.
Filmes são expressões de sentimentos, de desejos, de conflitos. Expressam aquilo proposto pelo escritor, pelo redator, pelo diretor, pelos atores, etc. Cada um imprime um pouco de subjetividade nesta obra de arte coletiva.
Não é de hoje que várias escolas da Psicologia utilizam este instrumento no processo psicoterápico. Filmes são facilitadores de insights, desde que orientados por profissionais qualificados, e, quando bem analisados podem levar a reflexões importantes, seja para o dia a dia, seja para o processo psicoterápico.
Há muito que psicanalistas utilizam filmes como material de estudo da psicanálise. Alguns psicólogos no processo de terapia, nos EUA e há algum tempo aqui em nosso país, têm recomendado filmes a seus pacientes.
Os filmes funcionam como ferramenta de apoio à terapia. Mas que ninguém pense que irá assistir a um filme e todos seus problemas estarão resolvidos, não é isso.
A cinematerapia entra como apoio às consultas, pois o filme toca direto no inconsciente, principalmente se ele for visto no cinema porque com sua sala escura, a tela grande, o volume alto, cria um ambiente propício para que a pessoa mergulhe intensamente na história e reconheça dilemas e emoções, que nem sempre têm raízes conscientes. De uma maneira indireta leva à reflexão sobre seus próprios conflitos. É fundamental que posteriormente o paciente discuta com o terapeuta os conteúdos afetivos mexidos pelo filme, pois se não o fizer corre o risco de esquecer (como se esquece dos sonhos) o que assimilou.
Uma ótima ferramenta de trabalho.
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