8 de janeiro de 2010

Coordenação APE - Pulseiras da moda

Pulseiras da Moda

Em função da repercussão das pulseiras “do sexo” andei pesquisando um pouco, e de fato, estão causando furor entre os jovens, a mídia e pais. O assunto é pertinente e está diretamente relacionado ao nosso campo de ação: PREVENÇÃO.

Por isso, compartilho com vocês algumas reflexões sobre a questão.

Quando pensamos em movimento social/mundial, afinal teve inicio na Inglaterra, e/ou questões relacionadas a cultura de um povo, organização ou país, estamos diante de uma força com a qual não podemos confrontar diretamente. Isto não significa cruzarmos os braços e aceitar, mas enfrentar a situação e o contexto usando o diálogo e a informação.

Sobre o movimento das pulseiras é adequado atentarmos para os seguintes aspectos:


• O fato de jovens/crianças usarem e “brincarem” de arrancar as pulseiras uns dos outros, não necessariamente significa “concretizar” o ato especificado por aquela cor. Partir de uma brincadeira para um ato sexual, por exemplo, requer uma série de outras etapas, e estas podem não ser viáveis (física, emocional, socialmente).

• Esta é uma ótima oportunidade de criar espaço para discutir questões relacionadas à sexualidade, comunicação, códigos sociais, DST, Gravidez na adolescência, projeto de vida, vulnerabilidade, HIV/Aids, homossexualidade,namoro, necessidade de fazer parte de um grupo e se sentir inserido socialmente,etc.

• Mais do que nunca o acesso ao preservativo precisa ser facilitado, por meio da informação correta sobre o seu uso e locais nos quais os jovens podem adquiri-los gratuitamente.

• Os pais precisam ser orientados a também buscar nesta situação, uma oportunidade para RELEMBRAR os filhos dos valores, expectativas e visão de mundo que a família acredita e compartilha.

Concluindo:

Vivemos em um mundo globalizado, esta é uma conquista. Como tudo, há um lado positivo e outro que precisamos administrar para que as consequências negativas sejam minimizadas. Os jovens hoje têm uma autonomia diferente da que tivemos e um mundo bem mais complexo para lidar. Cabe a nós ajudá-los a participar sem perder a saúde pelo caminho.

Portanto, a postura da equipe APE, deverá estar pautada no respeito, evitando-se preconceitos e contribuindo para uma administração tranqüila da questão.

Segue anexo, artigo da psicóloga e consultora em Educação, Rosely Sayão sobre o assunto.

Rosely Sayão: Crianças usam pulseira, mas sem significado sexual

Da Folha Online

Quanto mais pulseiras, mais popular a pessoa se torna no grupo. O material colorido de plástico, visto entre as entre as crianças e adolescentes como brinquedos ou mero acessório da moda, tem gerado polêmica nas escolas. Sites e jornais divulgam que cada cor tem um significado, todos relacionados ao contato físico ou ao sexo.

Usar a pulseira amarela, por exemplo, representa um simples abraço; a roxa, beijo com a língua; a verde, sexo oral a ser praticado pelo menino; a azul, pela menina. Quem não usa as pulseiras é excluído do grupo e quem usa as cores preto e dourado é mais respeitado, segundo os sites.

"Não é por causa do acessório que eles [os adolescentes] vão praticar o sexo. Eles vão tentar, e precocemente, porque esse é o tom do mundo. Elas estão hiperestimuladas pelas nossas publicidades e pelos comportamentos dos adultos. Nós é que estamos promovendo isso entre as crianças e adolescentes", diz Sayão.




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